A tradição cristã dos Anjos da Guarda
Anjos da Guarda são os anjos que segundo as crenças cristãs, Deus envia desde nosso nascimento para nos proteger durante toda a nossa vida. O catolicismo guardou essa tradição, segundo a crença de que Deus deu um anjo protetor para cada uma de suas criaturas humanas.
Com a reforma protestante, e os movimentos espiritualista que surgiram ao longo da história, tempos depois houve um certo banimento das idéias transcendentais, simplesmente pela visão ortodoxa de Lutero que afirmava que somente poderia haver um intercessor entre Deus e o homem, “Jesus”.
Mais na verdade esta visão de Lutero em seu contexto original, não era mais do que um contra-senso ao papado romano, que se colocava como o verdadeiro intercessor entre Deus e os fiéis da igreja.
Anjos da guarda e as tradições
O termo anjo significa (do latim angelus e do grego ággelos (ἄγγελος), mensageiro).
Os anjos são ainda figuras importantes em muitas outras tradições religiosas do passado e do presente, e o nome de "anjo" é dado amiúde indistintamente a todas as classes de seres celestes.
Os muçulmanos, espíritas, hindus e budistas, todos aceitam como fato sua existência, dando-lhes variados nomes, mas às vezes são descritos como tendo características e funções bem diferentes daquelas apontadas pela tradição judaico-cristã. As tradições mais antigas como sumerianas, babilônicas, zoroastrianos, persa. egípcias ...e outras mais, também as veneravam.
O que afirma a Bíblia:
Segundo a tradição bíblica temos nove os coros ou ordem angelicais ( serafins, querubins, tronos, denominações, potestades, virtudes, principados, arcanjos, e anjos), distribuídos em três hierarquia.
Os anjos de guarda, que possui uma missão em especial, de proteger o ser humano desde o seu nascimento, foi estimulada pela crença católica, e em 745 d.C. a Igreja Católica proibiu a idolatria aos Anjos de Guarda.
Decretou que somente Miguel, Gabriel e Raphael, poderiam ser invocados, alegando que os outros Anjos eram falsos.
Na época, o Catolicismo estava perdendo seus fiéis e a crença nos Anjos de Guarda virou modismo. A única forma que a Igreja encontrou para fixar os seus fiéis foi proibir o culto aos Anjos da Guarda.
Um dos maiores estudiosos de Anjos de que se tem conhecimento, foi Tomás de Aquino. Ele dizia que os Anjos são espíritos puros, não tem nenhuma matéria ou massa e que não ocupam nenhum lugar no espaço.
O que afirma a Bíblia
A bíblia define anjos com categorias especiais, diferenciando-se uns dos outros; é assim que vemos alguns guerreiros, protetores particulares, como de nações, e ate mesmo como sendo encarnados.
A tradição bíblica real cita grupos de anjos especiais, categorizados de arcanjos; os protestantes aceitam apenas um “Miguel”, os católicos definem três, essa divergência se dá pelas diferenças contidos em suas bíblias, que naturalmente há uma diferença de sete livros.
Portanto, os arcanjos seriam uma espécie diferenciada dos anjos comuns, apesar de algumas vezes serem tratados com títulos menores na bíblia, como no caso de Gabriel (Lucas 1:26) ; teriam ele em si missões mais complexas; como no caso da proteção do salvador e de países e nações(Daniel 12:1).
Pedro e seu Anjo
- Segundo a época de pentecostes, durante a propagações cristã de Paulo, Pedro após ser preso por Herodes, foi souto por um anjo enviado do SENHOR, após isso se dirigiu a casa de MARIA, Mãe de JOÃO, chegando lá, a empregada Rosa, conhecendo avós de Pedro, correu para avisar os outros, sem abrir a porta.
Os que estavam na casa sabendo da situação de Pedro perante o encarceramento, não acreditaram e ainda retrucaram a criada ( Estás Loucas !!!).
Mesmo ela afirmando de que não se tratava de um equívoco, pois era a vós de PEDRO, eles apenas levaram em conta de uma possível possibilidade, de não ser ele, mais seu guia ou seu espírito.
E afirmaram «Então deve ser o seu anjo!» (Atos 12:01 ao 16)
- Ora, aqui se procurarmos entender os fatos, pode-se perceber, que sobre o véu da falta de informação atualizada sobre Pedro, sem o conhecimento do que ocorrera no cárcere com ele, nota-se que os residentes daquele lar deram a margem da existência de um espírito particular á um ser humano.
Apesar de ser negada a existência de anjos particulares pelos protestantes, essa passagem seria uma contra-senso á suas crenças.
O anjo de Paulo
Após ser embarcado para a Itália como prisioneiro, seu barco acaba ficando com problemas, que ameaçava toda a tripulação; mais Paulo acalma a todos sobre uma declaração de uma visita espiritual a que teve a noite, onde era lhe prometido segurança de todas.
“Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo…” (Atos 27:23)
A referência é clara; “de quem eu sou”.
Anjos e suas manifestações
Para entendermos a diversidade das manifestações angelicais, sobre o ponto de vista lógico e bíblico, temos que se basear no seu termo oral “Mensageiro”.
O sentido das palavras mensageiro não é apenas dirigido aos seres extracorpóreos, pois as próprias escrituras são provas de manifestações duais, tanto em espíritos como de encarnados.
Podemos notar não somente o fenômeno da materialização de espíritos, mais também a possível condição de um ser humano normal, ser tornar um mensageiros, sendo escolhido para uma missão.
No livro da Gênese, encontramos uma interação de Abraão com mensageiros divinos, de carne e osso, pois ate mesmo chegaram a participar em um banquete com Abraão. (Gênesis 18:1-5, 8-10a, 13-17, 20-26, 33)
E o mesmo ocorreu com Ló, pois neste caso, pois vieram para avisá-lo da destruição de Sodoma e Gomorra (Gênesis 19:1-3).
João batista foi descrito como um anjo (Malaquias 3:1), té mesmo o próprio Jesus (Atos 27:23).
Tobias e seu anjo (literatura Católica) |
E no sermão do templo Jesus afirmou;
“Em verdade vos digo: muitas viúvas havia em Israel, no tempo de Elias, quando se fechou o céu por três anos e meio e houve grande fome por toda a terra; mas a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. ”(Lucas 4:25-27)
- E vemos Elias o profeta sendo referido como um mensageiro, assim como também João o batista e outros da literatura bíblica também fora retratados.
A doutrina espírita e os anjos
Para o espiritismo, segundo as revelações dadas á Kardec, a visão sobre os anjos se amplia em comparação ás definições bíblicas.
Um anjo não possui um significado místico de um ser alados com vestes brancas, mais um mensageiro espiritual ou carnal, que possui uma missão sublime, não somente a casos individuais, mais também coletivos, como no caso de entidades responsáveis por cidades e nações.
Um pai em vida, uma mãe ou tio, podem ser um mensageiro divino, responsável pelo esclarecimento de algumas almas, mesmo depois do desencarne.
Segundo os espíritos superiores, todos nós somos providos de um espírito puros, que vela por nós em nossa caminhada evolutiva, desde o nosso nascimento, até o nosso desencarne, e que podemos também chamá-los de nossos mentores espirituais ou guardiões.
Este assunto e por demais extensos sobre o ponto de vista, da pesquisas espirituais, mais fica aqui, o exemplo que a visão espírita sobre os anjos que em nada se fica a perder com os livros religiosos de muitas religiões, pois se muitos não aceitam, é que preferiram ficarem presos a “letra”, que mata, e não ao espírito que vivifica e esclarecer.
Autor: Valter J.Amorim (O administrador)
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