A Maldição das Obras da Lei
O que são as “Obras da Lei”, que segundo a visão cristã moderna e equivocada interpreta erroneamente ainda hoje. Vista apenas como o ato de se oferecer em sacrifício ao próximo ?
Porque as obras da lei não podem salvar ninguém, se o Cristo nada dela falou; literalmente ?
Porque tanto a teologia protestante moderna se alvorou em combatê-la de suas doutrinas, defendendo somente a fé em crer, sem a necessidade de mais nada, quando se deixa em objeção a interação de fiel para fiel, nos atos e sentimentos pelo compartilhamento fraterno da caridade ?
Paulo e as Obras da Lei
Paulo o apóstolo dos gentios foi o primeiro apóstolo a usar este termo “obras da lei” como também o conceito“obras mortas” e o único, onde não encontramos nem nos evangelho e nem no velho testamento tais princípios. Para concluirmos o que deixaremos explicados na conclusão deste tema; devemos somente nos basear nas ideias de muitos judeus modernos, que creem em Paulo como um herege, simplesmente por ele denegrir o apego as tradições judaicas quando ele se refere ao conceito “obras da lei” e ai já se mata toda a charada.
E para matarmos também alguns conceitos puristas de muitos cristãos, na verdade; o apóstolo dos gentios, conhecia a literatura apócrifa e a usou muito, como no caso desta palavra.
O texto aparece num escrito apócrifo dos pergaminhos do mar morto encontrados em 1947.
"Agora escrevemos para vós algumas das obras da lei, aquelas que determinamos que fossem ser benéficas a todos... E deverão ser reconhecidas por vós como justiça, em que vós têm feito o que é correto e bom perante Ele..." (4QMMT (4Q394-399) Seção C linhas 26b-31).
O texto uma alusão clara ás “tradições rabínicas” onde tentavam ensinar o povo a se justificarem diante de Deus por hábitos e costumes, criada e feita por homens, como rituais de purificação e outras mais, e nisso até o batismo por imersão em águas também acaba fazendo parte deste dito.
Vejam: As Obras Mortas do Apostolo Paulo e a Abolição do Sábado – Saibam a Verdade !
Se “Obras da Lei” se referem á: filantropia, boa conduta civil, amor, afeto, ética e tudo relacionado á conduta moral idônea humana, como então ficaria estas palavras:
“Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, justiça e verdade” (Efésios 5:9)
Portanto; para os judeus, e para nós não há dúvidas quanto ao significado destas palavras “obras da lei”. Agora, quanto aos protestantes, infelizmente já não podemos dizer a mesma coisa e esperemos que muitos analisem isso seriamente.
Suas crenças baseiam-se numa ideia cristalizada pela determinação unânime de seu herói revolucionário; Martinho Lutero, que confundiu, “obras da lei” com as “obras da fé”.
Vejam: O Evangelho de Martinho Lutero
- E nisso, creem que méritos humanos não podem justificar ninguém, destinando o homens á uma vida sem livre arbítrio, no único caminho correto e contemplativo, que é o da “fé” em suas religiosidades é cloro. Contribuindo cada vez mais para uma sociedade cada vez mais e mais anti-fraterna.
Caridade ou Fé ?
Nem mesmo o próprio Jesus determinou acima de tudo a fé em nele próprio, para a conquista da salvação (João 10:38) e deixa em evidência que precisariam de muitas obras para se tornarem seus discípulos (João 15:8), pois como um teste, na verdade a crença nele, poderia até mesmo ser falsa em alguns casos, como explicou Paulo. (1 Coríntios 15:2).
O apóstolo Tiago, já deixava claro, que a fé sem obras era morta (Tiago 2:26), portanto, estaria apenas Paulo errado diante dos outros apóstolos e Jesus ?
E assim ele seguiu dizendo: “Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei).” (Hebreus 10:8)
Não ! – porque as obras da lei ao qual falava Paulo, eram frutos da lei, de Moisés é claro e que algumas filosóficas eram até anti-fraternas, como no caso do “olho por olho e dente por dente”.
Jesus deixa claro, quando afirmava que tais religiosos faziam o que era externo, e não o interno, que nada mais era purificar o coração (Mateus 23:28 e Mateus 23:25)
Portanto, os bons méritos, podem sim, justificar os homens, pois são centrados na lei do amor do Cristo. E isso é independente deste ou aquele culto religioso. E ao escolher; esta ou aquela religião cristã, o homem, executa seu livre arbítrio, sendo sua escolha, uma prova de que é o guia de seu destino, salvando-se a si ou não !
O Maior do Mandamentos
No texto bíblico das carta de Paulo, perante as traduções modernas, há umas certas discrepâncias, como no exemplo de (1 Coríntios 13:13), onde algumas traduções usam a palavra “amor” e outras, usam “caridade”.
No latin, usa-se “caritas” e em grego utiliza a palavra ”Ágape”, um dos quatro nomes gregos para Amor.
Más já a versão da Vulgata (de Jeronimo) o texto traz a palavra “caritas”.
Más levando em conta que todas as bíblias modernas são cópias e tiveram suas origens na vulgata, podemos concluir que a palavra “caridade” é mais óbvia para este contexto.
“Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria !” (1 Coríntios 13:3)
- A verdadeira caridade, vai além dos interesses pessoais, onde alguns fazem pelo interesse de suas ascensões espirituais religiosas, sem primeiro pensar nos outros. Pois a caridade com segundas intenções não é caridade, nem renúncia, más a simples loucura do fanatismo.
A verdadeira caridade é muitas vezes racional, que muitas vezes ensina a pescar, do que dá o peixe pronto em algumas situações, pois o patrão falido, já não pode ajudar outros pais de famílias. E nisso que se renunciar de todos os bens para o sustento do pobres ao pé da letra, é loucura, fanatismo e egoísmo. Pois: a verdadeira caridade “ Não busca os seus próprios interesses…” (1 Coríntios 13:5)
Conclusão sobre Obras da Lei
Obras da lei na verdade, são as tradições judaicos e os e ritos pertencentes ás religiões semi-primitivas, que fazem parte do culto de devoção, onde muitos acabam a pratica-lo, para ocultar suas inferioridade morais. Se a caridade e atitudes filantrópicas não justificassem ninguém, não teríamos cristianismo.
Jesus não criou uma nova religião, centralizada em seu culto pessoal, pois como ele mesmo afirmou, não fazer sua vontade, más a do Pai (João 6:38), numa época onde a brutalidade e o machismo eram tão normais que as mulheres eram tidas sempre como simples objeto de procriação e quase era nula o afeto entre pai e filhos.
E pelo seu exemplo, Jesus renunciou sua situação celestial momentaneamente para descer na carne, em favor de seus irmãos menores, nos ensinando o caminho que leva a salvação, e não por uma vaidade pessoal, almejando sua glória entre os homens, como muitos passaram a fazer hoje, vendo essa fé devotiva nele como a razão essencial, sem o seguir de seus ensinos.
Para finalizar este assunto, vamos analisar a síntese deste assunto pela vós dos imortais, na codificação em uma das suas obras: O Livro dos Espíritos.
886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque de indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, toda gente como que entende que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posição, tanto maior cuidado devemos pôr em lhe não aumentarmos o infortúnio pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.”
Autor: Valter J.Amorim (Aquárius 2036)
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