Jesus não veio trazer a PAZ, mais sim a Espada !

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PAZ e a Espada

Ele mesmo afirmou isso: “Não vim trazer a espada, mais sim a espada (guerras) e tenho pressa que essa chama se acenda”, esse foi um dos motivos da negação dos judeus por ele como Messias; pois nas profecias se dizia que ele traria a paz.

Essa suas palavras tem sido mal entendida por muitos cristãos também ainda hoje em dia que interpretam suas missões apenas como divulgadoras de palavra sem as obras de benefício ao homens, entendendo que sobre todo o contexto, nem eles mesmo pelo exemplos em Jesus não são destinados á serem propagadores duma utópica paz no mundo. Pois essa não seria a missão do cristianismo.

Essa visão está em franca concordância com a doutrina da Fé sem Obras, pregada pelas crenças protestantes.

Vejam: O Evangelho de Martinho Lutero

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Vamos agora interpretar corretamente estas palavras de Jesus. Para tirar essa visão quase contraditória de muitos por aquele que sempre pregou o amor, os bons princípios e a mansidão entre os homens.

Em 1º- Lugar vamos aqui deixar um fator de grande importância para entendermos essa colocação de Jesus; como a bíblia hebraica sempre usou o termo “povo de Israel” sendo todas as profecias destinada á esta nação, devemos tomar o mesmo exemplo, nesta interpretação, categorizando a “nação cristã”, como um ser; desde seu nascimento, crescimento e vida adulta.

Vejam: O Deus de Israel ou da Igreja ?

“Não julgueis que vim trazer paz a Terra; não vim trazer-lhe paz, mas espada; porque vim separar o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e os inimigos do homem serão os seus mesmos domésticos.” (Mateus, X: 34-36).

“Eu vim trazer fogo à Terra, e que quero eu, senão que ele se acenda? Eu, pois, tenho de ser batizado num batismo, e quão grande não é a minha angústia, até que ele se cumpra? Vós cuidais que eu vim trazer paz à Terra? Não, vos digo eu, mas separação; porque de hoje em diante haverá, numa mesma casa, cinco pessoas divididas, três contra duas e duas contra três. Estarão divididas: o pai contra o filho, e o filho contra seu pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua sogra.” (Lucas, XII: 49-53)

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- Foi mesmo Jesus, a personificação da doçura e da bondade, ele que não cessava de pregar o amor do próximo, quem disse estas palavras: Eu não vim trazer a paz, mas a espada; vim separar o filho do pai, o marido da mulher, vim lançar fogo na Terra e tenho pressa que ele se acenda? Essas palavras não estão em flagrante contradição com o seu ensino? Não é uma blasfêmia atribuir-se a linguagem de um conquistador sanguinário e devastador?

Não, não há blasfêmia nem contradição nessas palavras, porque foi ele mesmo quem as pronunciou, e elas atestam a sua elevada sabedoria. Somente a forma, um tanto equívoca, não exprime exatamente o seu pensamento, o que provocou alguns enganos quanto ao seu verdadeiro sentido. Tomadas ao pé da letra, elas tenderiam a transformar a sua missão, inteiramente pacífica, numa missão de turbulências e discórdias, consequência absurda, que o bom senso rejeita, pois Jesus não podia contradizer-se. (Ver cap. XIV, nº 6).

Jesus vinha proclamar uma doutrina que minava pelas bases a situação de abusos em que viviam os fariseus, os escribas e os sacerdotes do seu tempo. Por isso o fizeram morrer, julgando matar a ideia com a morte do homem. Mas a ideia sobreviveu, porque era verdadeira; desenvolveu-se, porque estava nos desígnios de Deus; e nascida numa pequena vila da Judéia, foi plantar a sua bandeira na própria capital do mundo pagão, em face dos seus inimigos mais encarniçados, daqueles que tinham o maior interesse em combatê-la, porque ela subvertia as crenças seculares, a que muitos se apegavam, mais por interesse do que por convicção. Era lá que as lutas mais terríveis esperavam os seus apóstolos; as vítimas foram inumeráveis; mas a idéia cresceu e saiu triunfante, porque superava, como verdade, as suas antecessoras. 

Os adeptos da nova doutrina, infelizmente, não se entenderam sobre a interpretação das palavras do Mestre, na maioria veladas por alegorias e expressões figuradas. Daí surgirem, desde o princípio, as numerosas seitas que pretendiam, todas elas, a posse exclusiva da verdade, e que dezoito séculos não conseguiram pôr de acordo. Esquecendo o mais importante dos preceitos divinos, aquele de que Jesus havia feito a pedra angular do seu edifício e a condição expressa da salvação: a caridade, a fraternidade e o amor do próximo, essas seitas se anatematizaram reciprocamente, arremeteram-se umas contra as outras, as mais fortes esmagando as mais fracas, afogando-as em sangue, ou nas torturas e nas chamas das fogueiras.

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Os cristãos vencedores do paganismo, passaram de perseguidos a perseguidores. Foi a ferro e fogo que plantaram a cruz do cordeiro sem mácula nos dois mundos. É um fato comprovado que as guerras de religião foram mais cruéis e fizeram maior número de vítimas que as guerras políticas, e que em nenhuma outra se cometeram tantos atos de atrocidade e de barbárie.

Seria a culpa da doutrina do Cristo? Não, por certo, pois ela condena formalmente toda violência. Disse ele em algum momento aos seus discípulos: Ide matar, queimar, massacrar os que não acreditarem como vós? Não, pois que lhes disse o contrário: Todos os homens são irmãos, e Deus é soberanamente misericordioso; amai o vosso próximo; amai os vossos inimigos; fazei bem aos que vos perseguem. E lhes disse ainda: Quem matar com a espada perecerá pela espada. A responsabilidade, portanto, não é da doutrina de Jesus, mas daqueles que a interpretaram falsamente, transformando-a num instrumento a serviço das suas paixões, daqueles que ignoram estas palavras: O meu Reino não é deste mundo.

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Jesus, na sua profunda sabedoria, previu o que devia acontecer. Mas essas coisas eram inevitáveis, porque decorriam da própria inferioridade da natureza humana, que não podia ser transformada subitamente. Era necessário que o Cristianismo passasse por essa prova demorada e cruel, de dezoito séculos, para demonstrar toda a sua pujança: porque, apesar de todo o mal cometido em seu nome, ele saiu dela puro, e jamais esteve em causa. A censura sempre caiu sobre os que dele abusaram, pois a cada ato de intolerância sempre se disse: Se o Cristianismo fosse melhor compreendido e melhor praticado, isso não teria acontecido.

Quando Jesus disse: Não penseis que vim trazer a paz, mas a divisão – seu pensamento era o seguinte:

“Não penseis que a minha doutrina se estabeleça pacificamente. Ela trará lutas sangrentas, para as quais o meu nome servirá de pretexto. Porque os homens não me haverão compreendido, ou não terão querido compreender-me. Os irmãos, separados pelas suas crenças, lançarão a espada um contra o outro, e a divisão se fará entre os membros de uma mesma família, que não terão a mesma fé. Vim lançar o fogo na Terra, para consumir os erros e os preconceitos, como se põe fogo num campo para destruir as ervas daninhas, e anseio porque se acenda, para que a depuração se faça mais rapidamente, pois dela sairá triunfante a verdade. A guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo, a luz da fé esclarecida” .

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“Então, quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o Consolador, o Espírito da Verdade, que virá restabelecer todas as coisas, ou seja, que dando a conhecer o verdadeiro sentido das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos poderão enfim compreender, porá termo à luta fratricida que divide os filhos de um mesmo Deus. 

Cansados, afinal, de um combate sem solução, que só acarreta desolação e leva o distúrbio até mesmo ao seio das famílias, os homens reconhecerão onde se encontram os seus verdadeiros interesses, no tocante a este e ao outro mundo, e verão de que lado se acham os amigos e os inimigos da sua tranqüilidade. Nesse momento, todos virão abrigar-se sob a mesma bandeira: a da caridade, e as coisas serão restabelecidas na Terra, segundo a verdade e os princípios que vos ensinei”.

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Aquelas palavras de Jesus devem ser entendidas, portanto, como referentes à cólera que, segundo previa, a sua doutrina iria suscitar; aos conflitos momentâneos, que surgiram como consequência; às lutas que teria de sustentar, antes de se firmar, como aconteceu com os hebreus antes de sua entrada na Terra Prometida; e não como um desígnio premeditado, de sua parte, de semear a desordem e a confusão. 

O mal devia provir dos homens, e não dele. A sua posição era a do médico que veio curar, mas cujos remédios provocam uma crise salutar, revolvendo os humores malignos do enfermo.

Conclusão Aquárius

Como vemos; Jesus previu o que deveria ocorrer na fase ao qual estava inserido o cristianismo na história da humanidade, gerada de forma limitada por causa da ignorância humana, que com o tempo pelas experiências e pela evolução deveria chegar ao seu estado de progresso racional.

Assim com a criança necessita passar pela faze infantil para chegar a adulta, portanto Jesus não seria Jesus que traria a guerra em seus ensinos, más que seria destino seus ensinos serem mal usados pelas mentes atrasadas humanas, para as questões espirituais. Ele na verdade continua sendo ontem, hoje e sempre; o propagador da paz no mundo.

Esse texto foi resumido e deixo o link para aqueles que quiserem estudá-los, abraços e muita paz a todos !

Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo

-Não Vim Trazer A Paz, Mas A Espada -

Notas: Valter J.Amorim


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3 comentários:

  1. O próprio Cristo Se encarrega de explicar, em seguida, o que quis dizer: “Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. Assim os inimigos do homem serão os de sua própria casa” (Mateus 10:35). Jesus se refere evidentemente à oposição que existiria entre os que aceitaram o evangelho e aqueles que o rejeitaram e não à guerra entre as nações.

    O espírito do mundo e o espírito de Cristo são antagônicos. Em certo sentido, Jesus é o perturbador número um deste mundo. Sua mensagem separa e freqüentemente suscita oposição e ódio, que levam à perseguição. “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, Me odiou a Mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário dele vos escolhi, por isso o mundo vos odeia” (João 15:18 e 19)

    O Evangelho de Jesus divide o mundo em duas classes opostas, dirigidas por dois princípios irreconciliáveis. Esta contradição separa freqüentemente os amigos mais íntimos e desfaz as mais estreitas ligações, incluindo os laços de parentesco. A vida cristã é descrita como uma batalha e os cristãos como soldados. O conselho de Paulo é: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”(Efésios 6:11 e 12). Este espírito belicoso é transmitido pelo maligno a todos os seus seguidores.

    O Evangelho também produz uma guerra na alma, guerra que exige o abandono dos velhos hábitos do pecado, que devem ser substituídos por motivos e normas diametralmente opostos aos do mal. Contudo, a velha natureza não morrerá sem luta até o final.
    O coração e a mente se convertem em um campo decisivo de luta, onde a entrega a Cristo é o único preço aceitável para se alcançar a vitória.

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    1. Mauri Chagas - Infelizmente você está olhando apenas de um modo restrito !

      "Porque o filho despreza ao pai, a filha se levanta contra sua mãe, a nora contra sua sogra, os inimigos do homem são os da sua própria casa." (Miquéias 7:6)

      - Isso já ocorria em Israel muito tempo antes do Messias, dentro de uma mesma crença !

      O judaísmo possuía diversas facções em si, assim como mais tarde o cristianismo passou a ter, são essas famílias que se separariam, por suas convicções religiosas como ocorre hoje em dia.

      E num contexto mais amplos; quantas guerras de nações cristãs se guerrearam entre si, bastamos ver as de origem protestante contra católicos e outras mais.

      E meio as diversas congregações cristãs, nenhuma possui toda a verdade, e crer que essa luta é somente entre escolhidos e incrédulos, é um contrassenso á história da humanidade e cristã.

      Bastamos lembrar de GNÓSTICOS e outros que não fizeram parte da panela do CONCÍLIO DE NICEIA em 325 que fora perseguidos e assassinado, e também acreditavam em Jesus !

      A Grande Familia aqui é a CRISTÃ, que a evolução, vai tratar de esclarece-los !

      Abraços !!!!

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  2. VERDADE é que o ser humano têm é que se vigiar nas suas ações. Que JESUS CRISTO continue sendo a meta nossa de cada dia.

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