As setenta semanas de Daniel e o sentido da justiça divina

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As Setentas Semanas de Daniel

Vamos agora fazer uma análise sobre uma das profecias do profeta Daniel do antigo testamento, e passaremos a entender também o sentido da palavra “justiça divina”, e o significado do conceito “Karma Coletivo”, pois aqui como exemplo das tribulações enfrentadas pelo povo judeu, e suas consequências dogmáticas de Deus em sua justiça para com o desenvolvimento dos povos através dos tempos.

E com isto entenderemos que tudo tem o seu porquê, e que Deus é justo em todos os seus desígnios, pois tudo segue um principio de uma lei incorruptível e universal .

Daniel estava com seu povo no exílio babilônico. Após um estudo sobre o livros sagrados pelas profecias dadas à Jeremias, Daniel entendeu que o exílio duraria 70 anos (Dn 9.2).

Daniel, sabia que exílio havia sido uma punição de Deus por causa das transgressões de Israel. Daniel ora a Deus e é ouvido (Dn 9.20-23). Mas, para sua surpresa, ele recebe uma revelação de que na realidade não seria 70 anos, mais sim 70 semanas, ou seja, (490 anos), e no final dos quais as bênçãos viriam sobre Israel na pessoa do Ungido (Jesus).

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Classificando a profecia:

As 70 semanas devem ser divididas em três fases:

(7 semanas + 62 semanas + 1 semana) que seria precisa, para extinguir as transgressões de Israel , trazer a justiça selando assim a visão e a profecia. (Obs:) o termo selar a visão se refere as 70 semanas e não á purificação do santuário referido em (Daniel 8:14).

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A Profecia das Setentas Semanas

(Daniel 9:24)

"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos"

- Os judeus ficaram cativos na babilônia por 70 anos. O “santo dos santos” é como era chamado o local sagrado do templo (1Rs6,16) aqui não esta se referindo a Jesus.

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(Daniel 9:25)

"Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até um Príncipe ungido, haverá sete semanas”.

(sete semanas)

- A Ordem para a restauração de Jerusalém. deu-se em 457 a.C, e em 408 Zorobabel (o príncipe ungido) descendente de Salomão foi designado para edificar Deus, para edificar o templo. Ver (Esdras 7:13-26).

Após a ordem de 457ac - 49 anos (sete semanas), chegando-se à 408ac, como previa a profecia.

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(Sessenta e duas semanas) (434 anos)

"e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos"

- Os 434 anos da reconstrução de Israel , que corresponde de 408ac até 26dc viveu sobre constantes ameaças de outros povos,como o Medo-persa, gregos e romanos, ocorrendo assim de forma exata.

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(Daniel 9:26)

"E depois das sessenta e duas semanas será eliminado um ungido (o messias), embora ele não tenha pecados" .

- Um detalhe importante é notar que a profecia não se refere no findar das 62 semanas, pois este termo foi usado de forma indefinida que se pode-se entender até o fim da ultima semanas .

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"e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações".

- As setentas semanas se findam exatamente após a morte de Jesus, mais devemos notar que o versículo (Dn 9:26), nos dá uma revelação mais adiante, a tempos futuros, quando Jerusalém e seu povo, passa pela “Grande Tribulação”, conhecida como a “Grande Revolta Judaica”, no ano 70, como expiação pela negligência para com a com as novas idéias que Jesus trazia.

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(Daniel 9:27)

"E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação".

( uma semana )

A ultima semana poderemos chamá-la de (semana messiânica), a metade de uma semana, corresponde á (3 anos e meio), mais 26 anos, que dá exatamente o ano exato em que Jesus é batizado e inicia sua missão messiânica.

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Ordem Histórica da Profecia

26+3,5=(29,5 dc) =Batismo de Cristo

26+7(1s) = (ano 33dc) = A morte de Cristo

Esta ultima semana se finda em 33 dc, quando Cristo é finalmente sacrificado pelo povo.

Esta “Aliança” é compreendida como seu Evangelho, que representa uma nova mentalidade espiritual, que dispensava os rituais exteriores, e os sacrifícios (ver : Hebreus 10:8). Pois era baseada na reforma interna do homem.

Alguns afirmam que este a quem é referido em (Dn 9:27), é o anticristo, mais na realidade, se refere ao cristo “Jesus”.

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O Assolador de Daniel

(Daniel 9:27)

....e sobre as asas da abominação virá o assolado

O “assolador” pode entender como o próprio império romano, caracterizado pela suas formas de governos.

E Jesus fazendo uma afirmação prevê o sentido do castigo, que viria para com aquela geração rebelde.

Para que desta geração seja requerido o sangue de todos os profetas que, desde a fundação do mundo, foi derramado; Desde o sangue de Abel, até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo; assim, vos digo, será requerido desta geração.(Lucas 11:50-51)

Portanto a invasão e assolação romana sobre aquele povo, possuía uma função de reajustes carmicos coletivo, onde só se pode encontrar a causa das ofensas, em vidas passadas.

Vejam: O Anticristo e o Oitavo Rei do Apocalipse

A Justiça Divina

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Podemos notar com a análise séria das escrituras, que esta nação judia, passou por várias assolações, mais segundo o que revelava os mensageiros divinos (profetas), eram sempre frutos amargo caracterizados por aquilo em que o próprio povo semeava.

Ou seja: segundo a própria bíblia, o próprio Deus de Israel, usava povos e homens estrangeiros, para levar sofrimento ao seu povo, como forma de expiar os pecados e corrigir a mentalidade doentia de seus religiosos. Ver: (Jeremias 5:14ao18, 20:04, 25:09)

E depois de consumado sua ira, o Senhor se voltava para os próprios inquisidores na cobrança também de suas faltas através dos mesmos princípios. Ver: (Jeremias 50:09)

Mais será que Deus utilizaria homens impuros, pecaminosos como alicerce de sua espada que corta reto e profundo para aplicar sua ira?

Deus sendo pura justiça, porque utilizaria então as imperfeições dos homens que possuem vícios que ele abomina, para cumpri seus desígnios e depois os descartariam para o fogo eterno ?

Para o incrédulo, que costumam afirmar que este Deus é vingativo e ciumento e sem nenhum senso de justiça, e egocêntrico, que só se importa em satisfazer suas ambições.

Fica a pergunta: Onde se harmoniza a essência desta justiça?

O que dizem os Espíritos

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Na questão referente á ocupação e missões dos espíritos na pergunta 584 do livro dos espíritos temos uma referência que se harmoniza com Nabucodonosor e vários outros como eles conhecidos da história.

Perg: 584- Kardec: Qual pode ser a natureza da missão do conquistador, que só tem em vista satisfazer a sua ambição e para atingir o alvo, não recua diante de nenhuma calamidade ?

Resp: Espíritos: -Ele não é, na maioria das vezes, mais do que um instrumento de que Deus se serve para o cumprimento de seus desígnios. Essas calamidades são muitas vezes o meio de fazer avançar mais rapidamente um povo.

- No Evangelho Segundo o Espiritismo, no esclarecimento de um espírito sobre o tema “escândalos”, ele faz uma colocação bem significativa sobre esta justiça em que podemos interagir sobre a pergunta 584 do livro dos espíritos.

“...quer dizer que o mal sendo sempre o mal, aquele que serviu, sem sabe, de instrumento para a justiça divina, sendo utilizado os seus maus instintos, nem por isto deixou de fazer o mal, e deve ser punido. É assim, por exemplo, que um filho ingrato é uma punição ou uma prova para o pai que o suporta, porque esse pai talvez tenha sido um mal filho, que fez sofrer o seu pai, e agora sofre a pena de talião. Mas o filho não terá desculpas por isso, e deverá ser castigado por sua vez, através dos seus próprios filhos ou de outra maneira.”

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Conclusão Aquárius :

Num contexto maior podemos estender não somente aos casos coletívos, mais também nos individuais, que cada um colhe aquilo que semeia, e a aplicação desta justiça não só se restringe a uma única vida, pois quando ocorre casos em que muitos não conseguem compreender o sentido de tragédia alheia ou familiar, onde não se acha um uma razão presente da aplicação desta justiça.

Se não é desta vida, a resposta pode se encontra em outra, e nada ocorre sem uma permissão divina, e Deus sendo soberanamente bom e justo, possui seus próprios motivos, para não interferir em certas circunstancia trágicas, pois se ele permite, algum motivo assim existe.

E aqueles que geralmente tombam diante de certas fatalidade da vida, não são desgraçados como muitos pensam, mais sim devedores, que estão quitando suas dívidas, e através destas expiações, para o ingresso num futuro bem melhor, em quanto outros se individam mais ainda.

A única forma de tentar amenizar esta justiça, é seguindo o principio que cristo de forma simples, explicou “vá e não peques mais”.

Pois ninguém está livre de burlar este principio, pois teremos que quitar nossos Karmas, seja agora ou no futuro, pois não sairemos de lá como dizia Jesus, até quitar o ultimo centíl.

Autor: Valter J.Amorim


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