Espanhóis criam bunkers para o fim do mundo

Bunkers e Espanha 2012

Espanhóis criam bunkers para o fim do mundo

Não importa se a profecia falhar: eles têm certeza de que diante das mudanças climáticas, dos desastres naturais, da instabilidade das manchas solares e da ameaça nuclear, convém ter um refúgio.

Os refúgios nas montanhas têm geradores elétrico, sistemas de refrigeração e dispensas para mantimentos Um grupo de pessoas na Espanha se juntou para construir abrigos em diferentes pontos do país para se proteger do que eles acreditam que será o fim do mundo, na data profetizada pelos maias, 2012.

Não importa se a profecia falhar: eles têm certeza de que diante das mudanças climáticas, dos desastres naturais, da instabilidade das manchas solares e da ameaça nuclear, convém ter um refúgio. "Não somos apocalípticos, mas queremos evitar os riscos. Um país como a Espanha, que tem centrais nucleares que são alvo da Al-Qaeda, não conta com um nível de segurança muito alto diante de uma grande catástrofe", explicou à BBC o presidente do Grupo de Sobrevivência da Espanha 2012 (GSE), Jonatan Bosque.

Três anos em um bunker

O GSE conta com 180 sócios e vários projetos nas serras de Madri, Granada e Aragão. Os bunkers, subterrâneos e construídos como cavernas nas montanhas, estão protegidos por uma capa de 60 cm de concreto e contam com filtros de partículas radioativas para evitar a infiltração de resíduos tóxicos ou a passagem de radiação ou bactérias. Além disso, os refúgios têm geradores elétricos que funcionam a diesel, sistemas de refrigeração e dispensas para mantimentos, sementes e plantas.

"É possível permanecer até três anos em seu interior respirando ar puro, mas tudo depende da capacidade de gestão dos ocupantes, dos alimentos. Você não vai encontrar iogurtes desnatados te esperando", ressaltou Bosque. "A questão é que se você está diante de uma catástrofe, como a explosão de Chernobyl, você não vai poder sair durante vários anos."

Preços

O catálogo dos bunkers inclui um inspirado no metrô de Londres, que é vendido nas versões família (54 m para 24 pessoas) e comunitária (600 m para 150 pessoas). Os bunkers são projetados para serem cravados na montanha, como se fossem os quartos de um barco que vai enfrentar uma grande inundação.

"Os bunkers grandes podem custar por volta de US$ 150 mil (cerca de R$ 275 mil) e os pequenos por volta de US$ 4 mil (R$ 7,3 mil). Com um montante entre US$1,8 mil (cerca de R$ 3,3 mil) e US$ 3 mil (cerca de R$ 5,5 mil) por pessoa pode-se ser proprietário de um bunker", explicou o responsável do grupo. "Porém, não é uma casa. Seu uso é para emergências.

Para ter acesso aos bunkers é preciso pertencer à cooperativa, assim evitamos especulações com os preços." Neste sentido, o GSE 2012 planeja arrecadar dinheiro de empresas para que este tipo de refúgio tenha acesso público e seja financiado pelo Estado.

Fonte: BBC


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