Quem é o Espírito da Verdade, guia espiritual de Allan Kardec ?

Kardec Espirito da Verdade 

Kardec e o Espírito da Verdade

Em maio de 1885, numa terça-feira – o Professor Rivail (Allan Kardec) assistiu á sua primeira sessão mediúnica, mais especificamente a uma demonstração das mesas girantes, sobre as quais ouvia falar desde 1854. Presenciou também alguns ensaios inconclusivos de “escrita mediúnica numa ardósia, com o auxílio de uma cesta”.

Embora ele não o suspeitasse, ali estava a tarefa da sua vida, à qual ele se devotaria com vigor durante aos 14 anos que lhe restavam.

Naquela noite e nos dias que se seguiram, estaria frequentando regulamente as sessões realizadas pela família Baudin, que ficaria conhecendo na residência da sra. Plainemaison.

Em 11 de dezembro do mesmo ano (1885), através da sra. Baudin, Rivail perguntou a seu amigo espiritual Zéfiro se havia, no mundo dos espíritos, alguém que para ele o que chamou “bom gênio”, ou seja, um guia espiritual.

A resposta foi positiva. O professor, contudo, era um hábil e persistente perguntador, e quis saber de quem se tratava. Zefiro resume o seguinte: Sim, Rivail tinha seu guia espiritual; este porém, não era seu parente nem amigo; fora “um homem justo de muita sabedoria” e que viria recebê-lo quando ele regressasse à vida espiritual e felicita-lo “se houveres desempenhado bem a sua tarefa”.

Pancadas nas Paredes

Guia Espiritual de Allan Kardec 

Na noite anterior, Kardec trabalhava na redação de sua anotações, quando começou a ouvir leves pancadas na parede do seu gabinete de estudo. Por várias vezes interrompeu o que vinha fazendo, para investigar o estranho fenômeno, que cessava prontamente. Bastava sentar-se para retomar o trabalho e novamente as batidas se faziam ouvir. Lá pelas dez horas da noite, a sra. Rivail, que chegava da rua, ouviu também as pancadas e perguntou ao marido o que era aquilo.

- Não sei, respondi-lhe, há uma hora isso dura. Juntos, examinaram tudo e nada descobriram, quando as causas do misterioso ruído, continuou até meia noite.

Foi na sessão do dia seguinte, 25 de março, que ele resolveu pedir a seus amigos espirituais uma explicação para o insólito fenômeno. Disseram-lhe que os ruídos foram provocados pelo seu “espírito familiar” –, ou seja, seu guia – que desejava comunicar-se com ele.

Rivail perguntou prontamente:

- Podereis dizer-me quem é ele?

A resposta foi inesperada: Rivail poderia perguntar-lhe diretamente, pois o espírito estava ali, presente.

Em nota explicativa a essa resposta, Kardec informaria, mais tarde, como está em “Obras Póstumas”, que, por essa época, “ainda não se fazia distinção nenhuma” entre diversas categorias de espíritos simpáticos. Dava-se-lhe a todos a denominação de “Espíritos Familiares”.

Dirigindo-se, ao seu “Espírito Familiar”, Rivail agradeceu-lhe a presença e lhe perguntou em tom respeitoso:

- Consentirás em dizer-me quem és?

- Para ti, chamar-me-ei; A Verdade – disse ele – e todos os meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei à tua disposição.

O Espírito guia de Kardec

Trabalhos de Allan Kardec

- O que eu tinha a dizer-te era sobre o trabalho a que te aplicavas; desagradava-me o que escrevias e quis fazer que o abandonasses.

Cabia, porem ao próprio Rivail reexaminar o texto, a fim de identificar as falhas e corrigi-las. Aliás, o capítulo já fora reescrito, más ainda não satisfazia o seu autor e nem ao espírito, que se limitou a dizer:

“Está melhor, mas ainda não satisfaz. Relê da terceira á trigésima linha e com um grave erro depararás.”

Após receber algumas instruções, o professor insiste em saber se o espírito com o qual dialoga-va teria “animado na terra algum personagem conhecida”.

A resposta é firme, um tanto severa:

- Já disse que, que para ti, sou a Verdade; isto, para ti, quer dizer descrição; nada mais saberá a respeito.

(Os destaques são do próprio Kardec)

“ Em primeiro lugar, a autoridade e a segurança que o espírito revela. É firme e discreto, deixando bem claro que não fará por Rivail o trabalho que cabe a este fazer, mas, ao mesmo tempo, supervisionará-lhe a tarefa, acompanhando-a passo a passo, palavra por palavras, não hesitando em chamar-lhe a atenção para eventuais erros cometidos e a manifestar-lhes. É evidente que se trata de um espírito de elevadíssima condição evolutiva, mas não deseja que suas autoridade se apoie em seu nome, por mais famoso, importante e respeitada que seja – ela  tem que decorrer do nível, da qualidade, do conteúdo se seus ensinamentos e da sua orientação.”

Em nota mais tarde Kardec explica:

“ A proteção desse espírito, cuja superioridade eu então estava longe de imaginar, jamais, de fato, me faltou. A sua solicitude e a dos bons espíritos que agiam sob suas ordens se manifestou em todas as circunstancias da minha vida…”

- Deste comentário de KARDEC observa-se, que no devido tempo, o Espírito da Verdade resolveu identificar-se nominalmente a Kardec, mas esse se manteve fiel ao compromisso de não revelar a identidade.

A Identidade do Espírito

Quanto a condição espiritual deste espírito, na hierarquia, não restava sobra de dúvida se tratar de alguém de elevado porte evolutivo, pois sob suas ordens estavam uma verdadeira constelação de espíritos luminosos: filósofos, teólogos, poetas, escritores, cientistas, evangelistas, apóstolos, reis e antigos santos da igreja, todos empenhados na nobre e urgente tarefa de reformulação do pensamento religioso.

Já em 1861 é lançado a primeira edição do livro dos Médiuns e que Kardec deixa algumas dissertações espíritas, várias comunicações, separando as que considerava boas e autênticas, e uma delas merece uma especial atenção:

- Fora recebida, em 1860 por um dos melhores médiuns do se grupo.

- O texto revela “superioridade incontestável da linguagem e das ideias.

- E vinha assinada por Jesus.

3 anos mais depois em 1864 é publicdo  a primeira ediçao do Evangelho Segundo o Espiritismo.

 Guia de Allan Kardec

No por exemplo, o Grupo de Bordéus recebeu a famosa Prece de Cáritas, e, no Natal seguinte, em 1874, o Espírito Verdade traz uma luminosa palavra de consolo e encorajamento, que assim começa:

" - Qual o país que, nesta noite, meu nome não seja pronunciado ? Por toda parte, onde se encontrem corações sinceros, envio um raio de luz, mas, como outrora, não manifestarei minha presença entre o incenso, o ouro e as flores; como outrora, não escolho um palácio, más humilde mangedoura, berço de devotamento e de amor, asilo de felicidade ! "

Em instrução transmitidas pelo médium sr Albert, da Sociedade de París, conforme se lê na Revista Espíirta, de janeiro de 1864, Hahnemann discorre sobre o grave problema de obsessão, que poderá ser minorado quando, "pelo melhoramento de sua conduta, cada um procurá adiquirir o direito que o Espírito de Verdade, que dirige este globo, conferirá quando for merecido"

Espirito da verdade Jesus

Em Missionários da Lúz, reproduz André Luiz emocionada prédica do mentor Alexandre, que adverte:

"- (....) Porque audácia incompreensivel imaginais a realização sublime sem vs afeiçoardes ao Espírito de Verdade, que é o próprio Senhor ?"

Não há, como ignorar a óbvia e indiscutível conclusão de que, sob o nome de Espírito Verdade, o Cristo dirigiu pessoalmente os trabalhos de formulação e implementação da doutrina dos espíritos, caracterizando-a como o Consolador que prometera há 18 séculos. A Doutrina Espírita é a sua doutrina. Os espíritos que nela colaboraram, a ele estão subordinados e Kardec é seu apóstolo.

Fonte: Da obra: “As Mil Faces da Realidade Espiritual”


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