A reencarnação no judaísmo pela Cabala e o Zohar

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Reencarnação, Cabala e Zohar

Sabemos que o Velho Testamento é de grande importância para os judeus. Em que pese esta importância, este livro poderia ser também considerado uma crónica da existência histórica do povo hebreu

Como todas as escrituras consideradas sagradas, o Velho Testamento tem um sentido esotérico, que está na Cabala, palavra que significa “receber”.

A origem da Cabala não está muito bem esclarecida. Certos europeus argumentam que as verdades cabalísticas foram ditadas diretamente por Deus aos Mestres da Grande Loja Branca. Alguns autores consideram que a Cabala está recompilada e publicada pelo rabino Moisés de Leon, em 1280, no Zohar, cujo texto original é atribuído a Simeão Ben Jochai.

Do Zohar, podemos citar o seguinte trecho:

“As almas devem reentrar na substância absoluta da qual emergiram. Para chegar a essa finalidade, entretanto, devem desenvolver todas as perfeições, cujo germe foi plantado nelas. Se não cumpriram essa condição durante uma vida, devem começar outra, e uma terceira, e as sim por diante, até que adquiram a condição que as torne preparadas para sua reunião com Deus”.

O Talmude, é outro livro, código civil e religioso dos judeus, que serve de texto nas sinagogas para ensinar a lei de Moisés, segundo a tradição oral. Da Miscelânea Talmúdica, do autor Hershon, são as citações seguintes: “A maioria das almas estando, presente mente, em estado de transmigração, Deus dá a um homem aquilo que ele mereceu numa vida passada em outro corpo... Aquele que deixa de observar qualquer dos 613 preceitos que lhe são possíveis observar, está fadado a sofrer transmigração (uma vez ou mais de uma vez), até que realmente tenha observado tudo quanto deixou de observar num estágio anterior de ser(Kitzur Sh’lu).

Do filósofo judeu Philo, cognominado “ primeiro teólogo”, e estimado o maior da Escola de Alexandria de filósofos, citamos:

O espaço está repleto de almas. As que mais próximo se encontram da Terra descem para se ligar a corpos mortais e retornam em outros corpos, desejando viver neles”.

O Rabino Manasses Ben Israel, nascido em Portugal e fundador da moderna comunidade judaica da Inglaterra, foi quem conseguiu em 1650 a revogação do édito de Eduardo 1, o qual proibia a permanência dos judeus na Inglaterra.

Diz Manasses Ben Israel em um de seus livros:

“A crença ou doutrina da Reencarnação, da transmigração das almas, é firme e infalível dogma aceite por toda a assembleia da nossa igreja, unanimente, de forma que nada exista que ouse negar isso. Na verdade, há um grande número de sábios, em Israel, que adere a essa doutrina, fazendo dela um dogma, um ponto fundamental da nossa religião. Estamos por tanto, no dever estricto de obedecer e aceitar esse dogma com aclamação, pois a verdade dele foi demonstrada, incontestavelmente, pelo Zohar e por todos os cabalistas”.

Se nos detivéssemos em uma pesquisa mais alongada, poderíamos obter maior número de referências alusivas a pluralidade das existências, ou seja, da doutrina da Reencarnação, no Judaísmo. São inumeros os historiadores e filósofos judeus que tecem considerações ou se manifestam claramente favoráveis a ideia das vidas sucessivas.


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